Uma forma carinhosa de cuidar de você, de seu corpo, é mantê-lo ativo. Procure uma atividade da qual você goste, além do gasto calórico ela pode ajudar na sua autoestima e na melhor percepção de seu corpo.
REFLETINDO SOBRE A AUTOCOMPAIXÃO
Quão rígido e crítico você é consigo mesmo? Tratar-se com gentileza e sem críticas são atitudes fundamentais para encontrar a paz num mundo frenético. Faça a si mesmo estas perguntas:
➢ Eu me critico por ter emoções irracionais ou impróprias?
➢ Eu digo a mim mesmo que não deveria me sentir desse jeito?
➢ Eu acredito que alguns de meus pensamentos são errados e que eu não deveria pensar assim?
➢ Eu julgo meus pensamentos?
➢ Eu digo a mim mesmo que não deveria estar pensando desse jeito?
➢ Eu penso que algumas de minhas emoções são ruins e que eu não deveria senti-las?
➢ Quando tenho pensamentos negativos, eu me julgo com base nesses pensamentos?
➢ Eu me repreendo quando tenho ideias diferentes?
Se você disse sim a uma ou duas dessas perguntas, pode estar sendo rígido demais consigo mesmo. É possível começar a se tratar com mais compaixão? O segredo deste questionário é entender que você está sendo muito rígido sem ver isso como uma crítica. Veja suas respostas como uma ajuda, e não como um sinal de sucesso ou fracasso.
Extraído de: Mark Williams e Danny Penman. Atenção Plena
– como encontrar a paz em um mundo frenético. Rio de Janeiro: Sextante, 2015.
A compaixão nos dá a possibilidade (recursos) de tocar a dor de forma mais suave; nos relacionando melhor com ela.
Aprendemos a nos desenvolver pessoal e profissionalmente a partir de diferentes medos; de não ser aceito, de não ser suficiente, de não ser querido, etc. Viver desta forma, em estado de alerta constante não nos faz bem, não nos traz saúde.
As práticas de compaixão podem desativar o sistema de ameaça, fuga e luta, trazendo assim melhor qualidade de vida.
Precisamos acolher nossa criança interior, a nós, em todos os momentos, em especial nos momentos dolorosos.
Diante de uma situação desafiadora precisamos reconhecer nossos sentimentos e necessidades não satisfeitas. As necessidades necessitam ser reconhecidas, não necessariamente satisfeitas para então poder reconhecer as necessidades e sentimentos do outro.
O que sentimos está baseado não no outro, mas nas nossas necessidades. A medida que conseguimos nomear o sentimento, a amígdala, parte do cérebro responsável pela mediação de respostas fisiológicas à ameaças, nossa reatividade; diminui sua atividade.
Por quê e para que sermos autocompassivos? A prática de autocompaixão é para nos acompanhar durante o processo, não para resolver ou mudar algo. Por exemplo: a mãe abraça e cuida do filho gripado apesar de saber que sua atitude não irá livrá-lo da gripe, mas o confortará, tornará a relação com a dor, com a gripe, menos dolorosa. Podemos ilustrar ainda de outra forma; se uma criança cai, se machuca, chora, o que você faz? Qual sua reação natural? Tentar acolher, cuidar, para aliviar o sofrimento. O que fazemos conosco? Nos tratamos com o mesmo carinho e cuidado?
E o que a compaixão tem a ver com a alimentação? Quanto mais cultivamos aceitação, compreensão e compaixão por nós mesmos, mais motivados estaremos para fazer o que necessitamos para cuidar-nos, incluindo comer, já que a alimentação permeia toda a nossa vida, é recheada de memória, sentimentos, emoções...
A prática de auto compaixão protege contra as condutas alimentares de risco e o comer emocional. Há um vínculo positivo entre auto compaixão e exercício.
Você já reparou se existe uma voz julgadora dentro de você, que traz, em diferentes momentos e inclusive no momento de comer, frases rudes do tipo: Você não tem jeito mesmo!? Veja se é possível acolher essa voz crítica, julgadora, de forma mais compassiva; mesmo de uma forma ruim, a intenção é boa para com você; por trazer limites, regras. Com o tempo, se você levar abertura e curiosidade, estando atenta ao seu processo, talvez você possa, aos poucos, ir substituindo sua voz julgadora por uma voz mais compassiva; “Vamos lá, você consegue!” “Continue tentando!” “Você precisa cuidar de você!” “Confie e prossiga!!! “ “Melhor não é?”
REFLEXAO: O que levo para minha casa da sessão de hoje? O que mais me tocou?
(responda no seu diário de anotações)
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2ª sessão: Descobrindo o corpo com compaixão
““Ocupe o seu corpo. Pegue-o de volta. Volte a morar nele. Cuide dele com carinho e respeito!”
Daiana Garbin

